Storytelling na educação: como engajar os alunos?

Contar histórias é uma tradição antiga que passa de geração em geração e ajuda a transmitir conhecimento, desenvolver a imaginação e a memória. Além disso, as histórias têm um papel importante na vida das crianças, uma vez que ajudam no desenvolvimento da linguagem, na criatividade e no raciocínio lógico. Elas também podem ser um vínculo importante entre pais e filhos.

 

Qual criança não gosta de uma boa história, não é mesmo? Mas você sabe o que é storytelling? Narrativas são contadas todos os dias, seja para fazer uma criança dormir, para explicar uma situação, promover um negócio, ajudar no desenvolvimento de uma marca, entre outros. Entretanto, mais que contar uma narrativa, o storytelling é a capacidade de contar histórias relevantes e inesquecíveis, com a finalidade de transmitir um conteúdo ou mensagem importante.

 

Segundo Paul Zak, diretor do Center for Neuroeconomics Studies, estudos sugerem que uma boa história é capaz de fazer grandes transformações na crença, no comportamento e na atitude dos indivíduos. Dessa maneira, o storytelling pode transformar pequenas histórias em narrativas encantadoras e de muito valor. Essa técnica também pode ser aplicada em filmes, livros, novelas, campanhas de marketing, apresentações, palestras, comerciais, gestão de marcas e, claro, na educação.

 

Os elementos do storytelling

Uma das formas mais conhecidas de aplicar o storytelling é por meio da Jornada do Herói, da obra O Herói de Mil Faces, de Joseph Campbell, que mais tarde foi adaptada por Christopher Vogles, na obra A Jornada do Escritor. Ao longo do livro, Campbell analisa várias histórias e encontra técnicas comuns que fazem o personagem passar por várias situações até se tornar um herói.

 

A Jornada do Herói, de acordo com a adaptação de Vogles, consiste nas seguintes etapas:

 

1- O mundo comum: nesse momento inicial é mostrado o ambiente em que o personagem vive, com quem se relaciona e quais são suas características. Os detalhes são contados para que o público se identifique através de pontos comuns.

 

2- O chamado à aventura: agora o personagem se depara com um conflito e um chamado para uma aventura fora de sua zona de conforto. Essa fase está relacionada ao destino da vida, aos objetivos que devem ser alcançados e outras questões que fazem parte da vida de qualquer pessoa.

 

3- Recusa do chamado: o personagem recusa o chamado à aventura, por medo e outras questões e permanece em sua zona de conforto. Entretanto, ele ainda pensa em como seria se tivesse escolhido outro caminho.

 

4- Encontro com o mentor: já que ele ainda tem dúvida sobre sua decisão, o personagem se encontra com seu mentor, que o ajuda a enfrentar seus medos e anseios. Pode-se relacionar essa parte com conselhos, treinamentos ou até mesmo a fé e autoconfiança que ajudam a guiar novos caminhos e aceitar novos desafios.

 

5- A travessia do primeiro limiar: agora o personagem já está pronto para dar o primeiro passo rumo ao mundo desconhecido, que pode ser um lugar, uma nova habilidade, um segredo, entre outras coisas.

 

6- Provas, aliados e inimigos: nesse momento, serão testadas as habilidades do herói, para que ele possa enfrentar todos os obstáculos que estão pela frente. É agora que ele avalia em quem pode confiar e quem são os inimigos que querem impedir sua jornada.

 

7- Aproximação da caverna secreta: o personagem retoma seus questionamentos iniciais quando ainda não sabia qual decisão tomar. Assim, ele se prepara melhor para o que está por vir e também mostra ao público o quão desafiadora é essa jornada.

 

8- A provação: nessa fase o herói terá que passar por um teste de grande dificuldade, em que ele precisará de todos os seus conhecimentos e habilidades para enfrentar. Esse momento é comparado com a morte, pois é como se fosse o início de uma nova vida, uma enorme transformação.

 

9- A recompensa: após passar por diversos desafios e pela transformação da provação, o personagem recebe uma recompensa, a qual pode ser algo físico de valor, uma nova habilidade, um reencontro ou até uma reconciliação.

 

10- O caminho de volta: voltar para casa depois de tantos perigos e obstáculos é sensação de missão cumprida. Por isso, esse é um momento de reflexão do personagem.

 

11- A ressurreição: o inimigo ressurge e enfrenta o herói, mas agora não é só a vida dele que está em perigo. Todos que pertencem ao seu mundo comum não estão seguros e podem sofrer com as consequências. É agora que o personagem escolhe acabar de vez com o inimigo e renascer, ou não.

 

12- O retorno com o elixir: esse é o momento do reconhecimento do herói, em que ele chega ao ponto inicial de sua jornada, simbolizando a superação dos obstáculos e, consequentemente, seu sucesso.

 

Explicando dessa forma fica mais fácil de entender e visualizar como funciona o storytelling. É uma forma de cativar a atenção do público para que eles se interessem por cada passo do que será contado. Aposto que você até conseguiu identificar algum livro, comercial ou outro produto que sigam essa técnica. Mas como aplicar o storytelling na educação?

 

Storytelling na educação

Na educação não seria diferente. As histórias desempenham um papel importante no dia a dia escolar e o storytelling pode ser uma maneira interessante de ensinar os conteúdos. O incentivo à experimentação, resolução de problemas e ao autoconhecimento são essenciais para o desenvolvimento e formação das crianças. E aprender por meio de narrativas pode ser mais fácil, além de ajudar na fixação das informações e estimular a criatividade.

 

É normal que alguns materiais escolares utilizem o storytelling. Mas, além disso, os professores podem utilizar as técnicas desse modo de contar histórias para prender mais ainda a atenção dos alunos.

 

As crianças apresentam uma imaginação muito fértil e o storytelling ajuda a mantê-las engajadas ao conteúdo. As aulas se tornam mais interessantes e, assim, a troca de conhecimentos passa a ser mais efetiva.

 

Na Maple Bear

Nós promovemos a experimentação, o desafio intelectual, a descoberta e a solução de problemas. Incentivamos os alunos a explorar o mundo por meio de diversas atividades que ativam o imaginário e o autoconhecimento. Aqui as histórias são contadas de maneira natural, divertida e instigante. A metodologia canadense ajuda a desenvolver autonomia e uma verdadeira paixão pelo aprendizado.

 

Aqui nossos alunos aprendem a ter paixão por aprender. Traga seu filho para a Maple Bear Vinhedo e Valinhos!

 

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