Entenda os malefícios do isolamento social para as crianças

O ano de 2021 começou mas, infelizmente, os dados de disseminação da Covid-19 ainda colocam as autoridades e a sociedade em alerta permanente. Mesmo com a esperança que surge a partir do início da vacinação, a atenção com os mecanismos de higienização e a cautela nas experiências de convívio social continuam elevadas.

Muitos setores da vida comunitária continuam em quarentena, mesmo que com variações em sua rigidez, dependendo de cada ambiente. Ainda assim, vivemos um momento em que ainda não é possível retomar a rotina de espaços cheios de gente socializando sem receio, das festas de família e dos grandes eventos. No universo da educação não tem sido diferente. Por isso nós decidimos entrar no debate sobre o balanço entre riscos, oportunidades e desafios que o isolamento social tem provocado no universo escolar, especialmente entre as crianças.

Acompanhe a seguir alguns tópicos que precisam ser encarados com atenção diante desse momento ainda delicado!

 

Medos e traumas

É muito triste, mas é um fato já cientificamente comprovado: o isolamento e a ruptura de rotina provocados pela pandemia do novo coronavírus deixou sequelas no arranjo psicológico de grande parte das crianças.

De acordo com uma enquete realizada em Xianxim, uma província chinesa, com 320 crianças e adolescentes, 36% deles relataram que estão excessivamente dependentes dos pais. Outros sinais relatados foram desatenção (32%), preocupação (29%), problemas de sono (21%), falta de apetite (18%), pesadelos (14%) e desconforto e agitação (13%).

 

Impactos nas estruturas mentais de socialização

Especialmente nos primeiros anos de vida, o aprendizado sobre a dimensão das coisas, a diversidade sensorial e as habilidades de comunicação são desenvolvidas a partir do relacionamento da pessoa com seu ambiente de entorno.

Por mais que tenhamos consciência de que não são a creche e a escola os únicos ambientes em que esse desenvolvimento acontece, ali encontramos pessoas capacitadas e as metodologias adequadas para estimular e orientar esse progresso.

No espaço escolar, se desenvolve de modo articulado a experiência do encontro com o outro – sejam colegas, professores ou funcionários. E, a partir desse encontro, a criança percebe que os conflitos do dia a dia podem ser solucionados na base do diálogo e, além disso, que os relacionamentos podem ser fontes de confiança e de troca de conhecimento.

 

Tendência de fechamento ao diálogo

Como os impactos dessas mudanças são muito intensos, a angústia, o medo e a ansiedade tornam-se mais evidentes. E, diante desse cenário, os especialistas apontam que pode acontecer um movimento de fechamento por parte das crianças, com certa recusa ao diálogo.

Por isso, especialmente aos adultos, é muito importante criar oportunidades permanentes de conversa com os pequenos para confortar e dar a tranquilidade de que podem expor o que estão sentindo. Ouvir essas queixas é fundamental, especialmente para compreender aquilo que se passa na cabeça das crianças, demonstrando empatia e oferecendo acolhimento.

Leia também nosso conteúdo sobre os cuidados com o coronavírus que precisamos ter com as crianças!

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